domingo, 22 de agosto de 2010

Cur?

Hoje estou triste
Triste pra chuchu
Eu nunca me encontro
Vou para o norte
vou para o sul

Mas quando me vejo sem saída
Olho para o céu azul
Vejo um pontinho preto
Já sei que é um urubu
Voando sobre minha cabeça
Percebo que estou nu
Bica-me a bunda
Bica-me o cu
Cur?

domingo, 16 de maio de 2010

Ser di-verso

Quem somos?
A gente nunca é,
A gente somos
Um ser di-verso.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Série Filosofia de Boteco: não-lugar

"O que é um não-lugar? È um lugar que não é lugar. É um lugar que há, porém não há lugar. Mas para ser um lugar, logo ele precisa ser um lugar, entretanto, como ele é um não-lugar, ele não é. Isso implica dizer que o não-lugar não é um lugar que não há lugar, porque ele não é lugar e aquilo que não é não pode conter algo pois não existe. Portanto, o não-lugar não é um lugar que não há lugar. Sendo um não-lugar sem lugar, já que não há lugar, há espaço mas não há lugar, portanto é lugar nehum mesmo não deixando de ser lugar, pois se existe e está ali é porque há, mesmo não sendo. O não-lugar é mero devaneio." B.N Bachelard

Coração Em Devaneios

A minha cabeça
Se perde em devaneios
Que os outros não compreendem
Ao mesmo tempo que
Estou aqui
É o momento que
Estou lá
Naquele lugar

Pensamentos iluminam
Minha mente fértil
Gerar sua imagem
Produz som estéreo

Um som bem louco
Uma coisa legal
Sentidos fortes
O Rei e a Rainha
O atum e a sardinha

(Michel Fontoura e Bruna Lopes)

Cuecas Poéticas

Vamos escrever uma coisa bem poética?
Então vamos falar de cueca?
Cueca pr'aqui, cueca pra lá
cueca pra todo lugar.
Cueca no chão do porão
me lembra a escuridão
Cueca no varal
me lembra o seu Amaral
Cueca também me lembra o...

Cueca, cueca, eureca
Cueca paixão, cueca tesão
cueca no meu coração!
Cueca verde, cueca branca
são símbolos da esperança
Cuecas em cima ou
em baixo da cama
cuecas de quem ama.

Tira essa cueca e jogue-a em mim
Sou sua mulher e só sei dizer que sim
gosto desse gosto e de quando faz assim
faz-me desvairar e gritar até o fim!

Coloque-a em minha boca
quero mastigá-la em ti
Quero sentir o gosto marfim
ruídos que saem de uma louca

Vai, me descabela!
Quero ver-te eternamente sem ela
Teu corpo nu sob a luz que vem da janela
Animal selvagem, batendo em minha portela
Mas por favor, não vista a laranja
Essa cor desestimula a minha canja
Vem sem nada, e coloque em mim


a tua tanga.

sábado, 8 de maio de 2010

era um cachorro vira-lata
não sabia latim
não sabia pedir desculpas
não sabia fazer amizades
resolveu entrar para o convento
e foi ser pastor alemão


(Tânia Lima)
primeiroZeus
fez-se poesia

e a poesia
prometeu

a alegria
de Orpheu



(Tânia Lima)

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Pombinhos Atlânticos

Enfrentamos tempestades e dias escaldantes
Até fundear nosso navio em alto mar...
Pombinhos aventureiros e errantes
A paixão dilatante nos fez navegar

Depois de tantos mares descobertos
Quem somos? Aindas somos...
Pombos; estagnados em mar aberto

O encanto nos levou facilmente
Agora osciosos não sabemos voltar...
Ondas de incertezas nos faz ardentes
Em meio tantas águas estamos a queimar

Nossa nau periga naufragar
Até nos damos conta...
Mas não tetamos evitar
Para o morte a bússola aponta

Imaturamente continuamos atlânticos
Hipocrisia negar q'as águas ao léu
Nos uniu como notas de cânticos
insistindo numa sinfonia à deriva do céu.


(Bruna Lopes)

Cifras de La Carolina (Mi Sol)

Sua voz é como música
Passeando do Mi ao Ré
Seu riso em Ri bemól
Carol, Mi Sol

Ao som agudo
Faz vibrar a adrenalina
O seu corpo violão, Carolina
Nas longas cordas de sol
Faz meu corpo sustenido
Cordas soltas em Mi Carol

Um coral de vozes
De bata coral
Um coro cantando
A canção de Caetano
Carolina
Em tom de Mi e Si
De La minha Heroína
Soprano contraste sem Dó

Lucineide Meu Deleite

Essa mulher da cor do Brasil
De um bronze quente
Marrom arrepiu

Tão alta como a cana
Seu corpo de cigana
que encanta e engana
O homem seduzido
Por seus traços nas mãos do destino

Lucineide eu ei de ter-te
Comigo dona do meu umbigo
lambuzado por seu leite

Ah Lucineide, por seus traços
Nas mãos do destino
Me deleito
Me dê leite, Lucineide
Eu ei de ter-te, meu deleite

terça-feira, 9 de março de 2010

Ôba, ôba


Ôba, ôba, Êba, êba
A vida por aqui é

Música, Livro e Cerveja.

-1 ( Solitário)

Não, você não é otário
Você é mais um solitário
Assim a mídia quer te ver
Não desenvolva seu saber
Consuma, compre para o ter

Sol i dão II

Gotas de chuva no varal
Folhas de outono cobrindo o chão
Fones no ouvido ou livro na mão
Tudo captado por você
Nada elaborado por seu ser

Sol i dão I

Não entendo os sentimentos
Que cobrem o meu corpo e minha alma
Muito menos os que invadem sua carcaça
Compreendendo uma solidão natural
Nada sobrenatural, tudo solitude.

Céu-Azu-lão-mar

Pássaro azul
No céu azul
Não viverdes no marrom
Apenas o mesmo tom
AZUL

Nas correntes do ar
Não pôde notar
Apenas sonhar
Com o azul do mar, verde

Por um impulso de vida
Revelada, escondida
Pela história Lida
Encontrou a sina
O pássaro azul

Não importa a direção
Não importa seu viver
O que importa é a emoção
Sentida na dimensão
Das nuvens de algodão
Do infinito céu azul
Que encontra o mar
AZULÃO.

Por Isto ou Aquilo

Por um minuto
Por um segundo
Por um momento
Por um dia
Por nada nesse mundo
Por tudo nessa vida...

Curta Gabriel García Márquez

Por causa da Crônica de Uma Morte Anunciada,
as Putas Tristes de Gabriel García Márquez
viveram O Amor nos Tempos do Cólera,
durante Cem Anos de Solidão.

quarta-feira, 3 de março de 2010

O bebê de Marília

Ele se foi mas deixou um pedaço aqui
E esse pedaço é Marília quem vai parir
Essa criança sempre nos fará sorrir
E lembrará os bons momentos de Iury aqui

Papai, papai, cadê você, meu papai?
Todas as noites te chamo, onde estás?
Meu querido papai...

Quarta-feira de cinzas, foi quando tudo aconteceu
Em uma batida Iury morreu
Uma, duas, três vezes seu carro capotou
E no rio Pontengi Marília chorou
E junto com suas lágrimas, o rio transbordou
A estrada da redinha de emoção se lavou

Iury, você jamais será esquecido
Seus grandes feitos sempre serão lembrados
Por seus amigos...

Série filosofia de boteco: a morte

Em minha profunda tanatofobia, quero viver cada dia como se o amanhã não existisse. Mas o amanhã realmente não há, uma coisa que não aconteceu não pode existir! O amanhã é apenas uma palavra pois qualquer componente da terra (material ou não) só existe ao ser concretizada a sua existência. Se pensarmos que aquilo que há é aquilo que foi, corrobora-se meu pensamento de que somos seres passados e sem futuro. Levamos a vida como quem leva uma mala, dependendo da viagem, carregá-la pode ser um grande contentamento ou um fardo. Temos o peso da vida nas costas, sabe? Às vezes queremos carregar esse peso, às vezes não. Aí é que entra o pensamento na morte. A morte como salvação, a morte como ruptura... Quando vivemos na verdade não vivemos, só vivemos o que já foi vivido, pois só existe aquilo que foi! Nesse caso, se o futuro não há, o pensamento na morte e a própria morte se concretizam, já aconteceram, a morte é a própria vida, compreende?

O retorno!

Há mais ou menos uns sete meses não postávamos nada aqui, falta de criatividade, talvez. O segundo período caiu matando, mas, como todo entendiante começo de ano, o corpo e a mente ainda nas férias, a cabeça aflora... "Se a realidade te alimenta com merda, meu irmão, a mente pode te alimentar com flores." No nosso caso nem sei se são flores, acho que são ostras. Aqui estamos nós, mais uma vez, para alegrar a vida de vocês!!(vale ressaltar que somos modestos)
Aula de literatura portuguesa, a professora falava sobre filosofia e morte, sobre a que pensamento ela (a morte) nos remete e o sentimento que ela nos provoca. A aula estava super interessante, tanto que "aflorou" nosso lado poético novamente, ressuscitou nossa veia artística.