quarta-feira, 10 de junho de 2009

A Ilíada


A Ilíada adaptada em literatura de cordel, por Marília Campos

Meus amigos, meus ouvintes
Por favor, prestem atenção
Agora vamos falar
Sobre uma antiga questão

Há muito tempo atrás
A guerra de Tróia foi contada
E dizem que, por uma mulher
A santa Ílion foi arruinada

Helena era o nome dela
A mais bela das mortais
Foi amada por Menelau
E desejada pelos demais

Mas por causa de Afrodite
E de um feitiço banal
Helena fugiu com Páris
Deixando o louro Menelau

Teve início então uma guerra
Que se estendeu por 10 anos
E, na batalha sangrenta
Lutavam gregos e troianos

No combate, prevalecia
O herói filho de Peleu
Aquiles, de pés rápidos
Era o melhor guerreiro aqueu

Em Tebas, foi ultrajado
Crises, o sacerdote de Febo
Foi-lhe roubada Criseida
Filha por quem tinha apego

Quem provocou a desavença
Foi o filho de Atreu
Apolo mandou uma praga
E o exército pereceu

Procurou-se o adivinho Calcas
Que a ira de Apolo explicou
Criseida foi entregue
E a peste enfim cessou

O rei, mesmo furioso
Aceitou a presa devolver
Porém uma recompensa
Desejava receber

Então, grande foi a tirania
De Agamémnon, o Atrida
Pois roubou a cativa de Aquiles
Conseguida com muita lida

Aquiles, revoltado
Dos companheiros se afastou
Por Briseida, de lindas faces
Na guerra não mais lutou

Rogou a sua mãe Tétis
E ela ouviu o seu lamento
Indo suplicar a Zeus
Nos joelhos dele, com sentimento

Zeus, com um sinal de cabeça
Atendeu a deusa do mar
Prometeu favorecer os troianos
E os gregos chacinar

Hera irritou-se ao vê-los
Conversando em segredo
Mas foi ameaçada por Zeus
E calou-se, pois teve medo

Almas irão para o Hades
Padecerão muitos aqueus
Assim Aquiles será honrado
Pela vontade de Zeus

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