quarta-feira, 3 de março de 2010

Série filosofia de boteco: a morte

Em minha profunda tanatofobia, quero viver cada dia como se o amanhã não existisse. Mas o amanhã realmente não há, uma coisa que não aconteceu não pode existir! O amanhã é apenas uma palavra pois qualquer componente da terra (material ou não) só existe ao ser concretizada a sua existência. Se pensarmos que aquilo que há é aquilo que foi, corrobora-se meu pensamento de que somos seres passados e sem futuro. Levamos a vida como quem leva uma mala, dependendo da viagem, carregá-la pode ser um grande contentamento ou um fardo. Temos o peso da vida nas costas, sabe? Às vezes queremos carregar esse peso, às vezes não. Aí é que entra o pensamento na morte. A morte como salvação, a morte como ruptura... Quando vivemos na verdade não vivemos, só vivemos o que já foi vivido, pois só existe aquilo que foi! Nesse caso, se o futuro não há, o pensamento na morte e a própria morte se concretizam, já aconteceram, a morte é a própria vida, compreende?

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